Arábica ( Coffea arabica ): Responsável pela maior parte da produção brasileira (cerca de 70-80%), o arábica é apreciado por sua qualidade superior, sabor mais suave, aromático e com menor teor de cafeína. Dentro da espécie arábica, existem diversas variedades importantes, como:

Mundo Novo: Uma das variedades mais cultivadas no Brasil, conhecida por sua alta produtividade e boa adaptação a diferentes condições de cultivo.

Catuaí: Resultado de um cruzamento entre Mundo Novo e Caturra, é uma variedade de porte baixo, facilitando a colheita, e com boa produtividade e qualidade.

Icatu: Outra variedade desenvolvida no Brasil, resultante de cruzamentos com o objetivo de obter resistência a doenças e boa produtividade.

Bourbon: Uma variedade mais antiga, apreciada por sua qualidade e doçura, embora geralmente menos produtiva que outras.

Topázio: Variedade com boa produtividade e qualidade de bebida.

Obatã: Variedade resistente à ferrugem, importante doença do cafeeiro.

Robusta ( Coffea canephora ): Também conhecido como conilon, o robusta representa uma parcela menor da produção brasileira (cerca de 20-30%). É caracterizado por um sabor mais forte, amargo e maior teor de cafeína. É amplamente utilizado na produção de café solúvel e em blends para espresso, buscando corpo e crema. As principais variedades de robusta cultivadas no Brasil incluem:

Conilon: O tipo mais comum de robusta cultivado no Brasil, com diversas linhagens e clones selecionados por produtividade e qualidade.

Robusta Amazônico: Variedades nativas da Amazônia, com características distintas e potencial para cafés especiais.

Além dessas duas espécies principais, há um crescente interesse em variedades exóticas e raras, bem como em processos de pós-colheita diferenciados, visando a produção de cafés especiais com perfis sensoriais únicos e de alto valor agregado.

==> Regiões Produtoras de Café no Brasil

A produção de café no Brasil está concentrada em diversas regiões, cada uma com suas características climáticas, de solo e altitude, que influenciam o sabor e a qualidade dos grãos:

Minas Gerais: O maior estado produtor do Brasil, com destaque para as regiões do Sul de Minas (conhecida pela produção de cafés arábica de alta qualidade), Cerrado Mineiro (primeira Denominação de Origem para o café no Brasil, produzindo cafés arábica encorpados e achocolatados) e Zona da Mata (produzindo cafés arábica de montanha, com acidez e doçura equilibradas).

São Paulo: Tradicionalmente um grande produtor, o estado ainda possui áreas importantes de cultivo, como a Mogiana (conhecida por seus cafés arábica suaves e adocicados) e o Centro-Oeste Paulista.

Espírito Santo: O maior produtor de café robusta do Brasil, com destaque para a região Norte do estado. Também produz cafés arábica de montanha na região Sul.

Paraná: Possui uma longa tradição na cafeicultura, especialmente na região Norte, produzindo principalmente café arábica.

Bahia: Apresenta uma produção diversificada, com áreas de cultivo de arábica (como na Chapada Diamantina, com cafés especiais de altitude) e robusta (no Sul do estado).

Rondônia: Uma região em expansão na produção de café robusta, com investimentos em tecnologia e qualidade.

Outros estados, como Rio de Janeiro, Goiás e Mato Grosso, também possuem áreas de produção, embora em menor escala. A diversidade de regiões produtoras contribui para a ampla gama de perfis de sabor encontrados nos cafés brasileiros.

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